terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mulheres fúteis e burras em dois momentos.

Nossa, acho que em nenhum momento na história da humanidade existiram tantas...! E homens também! Prometo que colocarei também uma postagem aos caras escrotos - vou procurar, leitoras - pois se há também algo chato e burro é o machismo. Por enquanto curtam essas duas, de dois autores e momentos distintos.

As mulheres ocas

Nós somos as inorgânicas
Frias estátuas de talco
Com hálito de champagne
E pernas de salto alto
Nossa pele fluorescente
É doce e refrigerada
E em nossa conversa ausente
Tudo não quer dizer nada.

Nós somos as longilíneas
Lentas madonas de boate
Iluminamos as pistas
Com nossos rostos de opala.
Vamos em câmara lenta
Sem sorrir demasiado
E olhamos como sem ver
Com nossos olhos cromados.

Nós somos as sonolentas
Monjas do tédio inconsútil
Em nosso escuro convento
A ordem manda ser fútil
Fomos alunas bilíngües
De "Sacre-Coeur" e "Sion"
Mas adorar, só adoramos
A imagem do deus Mamon.

Nós somos as grã-funestas
Filhas do Ouro com a Miséria
O gênio nos enfastia
E a estupidez nos diverte.
Amamos a vida fria
E tudo o que nos espelha
Na asséptica companhia
Dos nossos machos-de-abelha.

Nós somos as bailarinas
Pressagas do cataclismo
Dançando a dança da moda
Na corda bamba do abismo.
Mas nada nos incomoda
De vez que há sempre quem paga
O luxo de entrar na roda
Em Arpels ou Balenciaga.

Nós somos as grã-funestas
As onézimas letais*
Dormimos a nossa sesta
Em ataúdes de cristal
E só tiramos do rosto
Nossa máscara de cal
Para o drinque do sol posto
Com o cronista social.

* Uma das categorias da Nova Gnomônia, de Jayme Ovalle, que classifica os seres e as coisas em: datas, parás, mozarlescos, kernianos e os onézimos, sendo estes conhecidos "pés-frios". Para maiores esclarecimentos, ver o capítulo [a crônica] "A Nova Gnomônia" em Crônicas da província do Brasil, de Manuel Bandeira.

Vinicius de Moraes

Lôraburra

Existem mulheres que são uma beleza,
mas quando abrem a boca, ai que tristeza,
Não é o seu hálito que apodrece o ar,
o problema é o que elas falam que não dá pra aguentar.
Nada na cabeça, personalidade fraca, tem a feminilidade
e a sensualidade de uma vaca.
Produzidas com roupinhas da estação,
que viram no anúncio da televisão.
Milhões de pessoas transitam pelas ruas,
mas conhecemos facilmente esse tipo de perua,
bundinha empinada pra mostrar que é bonita
e a cabeça parafinada pra ficar igual paquita.

Elas estão em toda parte desse Rio de Janeiro
e às vezes me interrogo se elas estão no mundo inteiro,
à procura de carro, à procura de dinheiro,
o lugar dessas cadelas era mesmo num puteiro.
Quando só se preocupam em chamar a atenção,
não pelas ideias, mas pelo burrão,
não pensam em nada, só querem badalar,
está na moda tirar onda, beber e fumar.
Cadelinhas de boate ou ratinhas de praia,
apenas os otários aturam a sua laia
e enquanto o playboy te dá dinheiro e atenção,
eu só saio com você se for pra ser o Ricardão.

Não eu não sou machista, exigente talvez,
mas eu quero mulheres inteligentes, não vocês!
Vocês são o mais puro retrato da falsidade,
desculpa amor mas eu prefiro mulher de verdade!
Voce é medíocre e ainda sim orgulhosa,
Loira burra, e mole, não está com nada e está prosa.
O seu jeito forçado de falar é deprimente,
já entendi seu problema, você está muito carente.
Mas eu só vou te usar, você não é nada pra mim.

Pra que dar atenção a quem não sabe conversar,
pra falar sobre o tempo ou sobre como estava o mar.
Não, eu prefiro dormir, sai daqui!
Eu já fui bem claro, mas vou repetir,
e pra você me entender, vou ser até mais direto:
Loira burra, você não passa de mulher objeto.

Capas da moda, vocês são todas iguais,
cabelos, sorrisos e gestos artificiais,
idéias banais, e como dizem os racionais:
Mulheres vulgares, uma noite e nada mais.
Loira burra, você é vulgar sim,
seus valores são deturpados, você é leviana.
Pensa que está com tudo, mas se engana
sua frágil cabecinha de porcelana.
A sua filosofia é ser bonita e gostosa,
fora disso é uma sebosa, tapada e preconceituosa,
Seus lindos peitos não merecem respeito,
marionetes alienadas, vocês não tem jeito.
Eu não sou agressivo, contundente talvez,
o Pensador dá valor às mulheres, mas não vocês,
vocês são o mais puro retrato da falsidade,
desculpe amor mas eu prefiro mulher de verdade

E, não se esqueça que o problema não está no cabelo, está na cabeça,
Nem todas são sócias da farmácia.
Tem muita Loira burra de cabelo preto e castanho por ai.
E, Loira burra morena, ruiva, preta, loira burra careca.
Tem a Loira burra natural também, cada Loira burra é de um jeito,
mas todas são iguais. Você está me entendendo. Preste atenção:
Eu gosto é de mulher!

Gabriel O Pensador

Um comentário:

Um outro dia disse...

O que dizer? Já conhecia a da loira burra,canto às vezes aqui em casa, mas fico a espera da critica dos homens,ok?! pS: a primeira tbm conhecia, este que escreveu havia lido antes para mim! muito lindo o poema..